Transplantes, próteses, células estaminais e auto-regeneradoras já não são uma incógnita para a Ciência actual. E se pegássemos nesta fórmula médica para construir um ser humano de raiz?





A 5 de Julho de 1996 nascia a ovelha Dolly e o cientista escocês Ian Wilmut anunciava à Humanidade a primeira clonagem animal. A polémica estalou por todo o Mundo aterrorizando médicos, especialistas em ética e religiosos. Hoje, o avanço da Medicina permite transplantar tudo o que é órgãos do ser humano e as próteses solucionam deficiências. Até que ponto a Medicina não permitirá construir um homem de raiz, o nosso super-homem?

"O caminho que se vislumbra no futuro é o da auto-regeneração" Hélder Maiato, Especialista em Biologia Molecular

"Chegaremos ao ponto de podermos mudar as várias "peças" do organismo, aumentando a sua longevidade", defende ao Metro o biotecnólogo Hélder Cruz. Até porque, "a Ciência muitas vezes avança por caminhos impossíveis de prever", diz. Ainda assim, admite: "Criar um ser humano de raiz a partir dos vários constituintes, como se fosse um "puzzle", não me parece, mesmo a longo prazo, possível."
(...)o cérebro é ainda uma meta inalcançável. "É uma 'caixa negra' envolta de mistérios que nos ultrapassam.(...)"

"[Será possível] mudar peças do organismo aumentando a sua longevidade" Hélder Cruz, Biotecnólogo

(...)Com os avanços tecnológicos há também a possibilidade de criar corpos mais resistentes e aumentar a longevidade de cada "peça" do organismo. Mesmo assim, o cérebro fica sem solução.
"Poderíamos chegar ao limite de ter um corpo quase jovem, funcional, mas não nos lembrarmos do que fazer com ele, porque o cérebro estaria envelhecido", explica Hélder Cruz.
Entre os investigadores, uma coisa é unânime: "Iremos prolongar cada vez mais a duração média da vida humana", admite. O investigador da Universidade do Porto, Hélder Maiato acrescenta: "Claramente, o caminho num futuro não muito longínquo é o da auto-regenaração com tecidos da própria pessoa". O uso das células estaminais é parte da solução. "As células neo-natais e adultas, como as do tecido do cordão umbilical, são seguras e dão origem a muitos tipos de células especializadas. Por isso, a sua utilização na regeneração de tecidos e órgãos é de uma importância enorme",(...)
Criar um super-homem, um ser humano que viva para sempre e se auto-regenere é ainda um sonho restrito aos filmes. (...)

In, Jornal Metro, Grande Porto, sexta-feira, 5 Fevereiro 2010



Para verem toda a entrevista: http://jornalmetro.blogs.sapo.pt/


Publicado por: Patrícia Gonçalves

2 comentários:

Ana Luísa Regadas disse... 7 de fevereiro de 2010 às 06:39  

Olá meninos!
Para já, deixem-me dizer'vos que o vosso blog está muito apelativo! Gostei bastante do vosso tema, música e organização em geral! Estão de parabéns! (:
Agora relativamente à vossa questão do dia...
Realmente a ciência tem evoluido de uma forma que nunca se esperou.
Se recuarmos alguns anos atrás, digamos 20 anos atrás, nada disto sequer se achava possível...
A ciência evoluiu a uma escala e a uma velocidade estonteante! Por isso, porque não? Porque não chegar ao ponto de podermos auto-regenerarmo'nos? Tudo se coloca possível hoje em dia.
"Porque não?" tem sido uma questão que os cientistas cada vez mais colocam. Vale tentar tudo! E, como se sabe, têm descobrido e realizados feitos incrivéis na área tecnológica e na saúde!
No entanto, o cérebro é um orgão demasiado complexo. Penso que regenerá'lo será praticamente impossível!
Isto porque nós somos o que somos devido a todas as nossas experiências; o que sentimos, vimos, ouvimos, dissemos, fizemos...
Portanto, somos o que somos devido à nossa memória, ou seja, devido às células do nosso cérebro.
Todas elas são importantes e penso que não será possível criar e criar novas células à medida que o tempo passa, porque chegaria a um ponto em que ficariamos "cheios" e o cérebro acabaria por ter de apagar às células "velhas" devido ao desgaste celular, que o tempo e os nossos hábitos destroem.
Logo, perderiamos o nosso sentido de existência e consciência, ou mesmo como algumas pessoas afirmam, a nossa "alma".
Mas, auto-regenerar o resto dos nossos orgãos e tecidos para viver mais algum tempo e com mais saúde penso ser muito positivo.
Resta saber agora as consequências que isso pode acarretar!
E acabo, assim, o meu comentário.
Espero ter sido útil e esclarecedora acerca da minha opinião!
Um beijo e continuação de um excelente trabalho.

Se vires a entrevista que está presente deste blogue, ficas a saber que usas 10% do cérebro( a todos os níveis, tanto a nível cognitivo, perceptivo e memorial, mesmo assim apresentando limitações eu sei)mas penso que, se calhar, quem sabe, não se consegue acabar por regenerar o cérebro também? ou então evolui-lo mesmo para tal capacidade?( pensa desta maneira, até aos dias de hoje toda a evolução do ser humano foi feita de uma forma natural, será que o próximo passo evolutivo não terá que ter a própria intervenção do Homem? Eu não acho que seja impossível isso) Bem mas uma coisa é certa o nosso cérebro e muito complexo, e com o conhecimento que hoje temos teria-mos de o simplificar muito para o entender, mas ai chegava outro problema é que se tivesse-mos o cérebro dessa maneira simplificado, nós seria-mos tão burros que não o entenderia-mos outra vez =p.

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Nós somos o grupo "Puer Aternus", composto pelos alunos Ana Duarte, Ana Dias, Joana Soares, Patrícia Gonçalves e Tiago Gonçalves.
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