HUMANIDADE 2.0

A entrada da nossa escola




Local da Entrevista




O entrevistado, Pedro Morgado



O nosso cameraman, Tiago Gonçalves


A entrevistadora, Patrícia Gonçalves




Durante a entrevista...





No fim, a foto com o grupo (Da direita para a esquerda: Ana Isabel, Patrícia, Joana e Ana Cláudia e atrás, Pedro Morgado e Tiago)




Pedro Morgado com o livro que nos ofereceu



Publicado por: Patrícia Gonçalves

Publicado por: Patrícia Gonçalves

Transplantes, próteses, células estaminais e auto-regeneradoras já não são uma incógnita para a Ciência actual. E se pegássemos nesta fórmula médica para construir um ser humano de raiz?

A 5 de Julho de 1996 nascia a ovelha Dolly e o cientista escocês Ian Wilmut anunciava à Humanidade a primeira clonagem animal. A polémica estalou por todo o Mundo aterrorizando médicos, especialistas em ética e religiosos. Hoje, o avanço da Medicina permite transplantar tudo o que é órgãos do ser humano e as próteses solucionam deficiências. Até que ponto a Medicina não permitirá construir um homem de raiz, o nosso super-homem?

"O caminho que se vislumbra no futuro é o da auto-regeneração" Hélder Maiato, Especialista em Biologia Molecular

"Chegaremos ao ponto de podermos mudar as várias "peças" do organismo, aumentando a sua longevidade", defende ao Metro o biotecnólogo Hélder Cruz. Até porque, "a Ciência muitas vezes avança por caminhos impossíveis de prever", diz. Ainda assim, admite: "Criar um ser humano de raiz a partir dos vários constituintes, como se fosse um "puzzle", não me parece, mesmo a longo prazo, possível."
(...)o cérebro é ainda uma meta inalcançável. "É uma 'caixa negra' envolta de mistérios que nos ultrapassam.(...)"

"[Será possível] mudar peças do organismo aumentando a sua longevidade" Hélder Cruz, Biotecnólogo

(...)Com os avanços tecnológicos há também a possibilidade de criar corpos mais resistentes e aumentar a longevidade de cada "peça" do organismo. Mesmo assim, o cérebro fica sem solução.
"Poderíamos chegar ao limite de ter um corpo quase jovem, funcional, mas não nos lembrarmos do que fazer com ele, porque o cérebro estaria envelhecido", explica Hélder Cruz.
Entre os investigadores, uma coisa é unânime: "Iremos prolongar cada vez mais a duração média da vida humana", admite. O investigador da Universidade do Porto, Hélder Maiato acrescenta: "Claramente, o caminho num futuro não muito longínquo é o da auto-regenaração com tecidos da própria pessoa". O uso das células estaminais é parte da solução. "As células neo-natais e adultas, como as do tecido do cordão umbilical, são seguras e dão origem a muitos tipos de células especializadas. Por isso, a sua utilização na regeneração de tecidos e órgãos é de uma importância enorme",(...)
Criar um super-homem, um ser humano que viva para sempre e se auto-regenere é ainda um sonho restrito aos filmes. (...)

In, Jornal Metro, Grande Porto, sexta-feira, 5 Fevereiro 2010



Para verem toda a entrevista: http://jornalmetro.blogs.sapo.pt/


Publicado por: Patrícia Gonçalves

Ao contrário do que possa parecer, este artigo não se refere ao "melhor filme dos últimos tempos", o Avatar. Mas sim, ao projecto desenvolvido pelo cientista norte-americano Ray Kurzweil.
Este inventor, conhecido pela sua obsessão por destruir as limitações do Homem, desenvolveu importantíssimos trabalhos como software de reconhecimento de voz, sintetizadores e máquinas de leitura para cegos.
É o autor de "A Era das Máquinas Espirituais" e "A Medicina da Imortalidade". Neste âmbito, Kurzweil afirma que dentro de em breve será possível introduzir na nossa corrente sanguínea e implantar no nosso cérebro nanochips que transportarão tudo aquilo que nos passa pela cabeça para a web. Deste modo, será possível, através do DNA, transformar uma pessoa num corpo em Avatar e assim, a imortalidade do corpo físico seria irrelevante e a pessoa continuaria viva num mundo virtual mas real!
Kurzweil prevê que dentro de cerca de três décadas a junção entre o Homem e a Máquina será, sem dúvida, uma realidade. Nessa época, o avanço da Nanotecnologia será tal que não existirão mais doenças que colocarão as nossas vidas em perigo. Kurzweil diz que "mesmo superando nossa própria biologia, conservaremos nossa humanidade".



Texto e imagem de Patrícia Gonçalves